Um dia monótono por outro qualquer
monótono, idêntico é seguido.
Feitas serão as mesmas, voltarão a ser feitas onde se quiser —
os momentos semelhantes encontram-nos e de nós vão.
Um mês passa e traz outro mês.
As coisas que vêm são fácil conjectura de fazer;
é o de ontem aquele aborrecido outra vez.
E acaba o amanhã por amanhã não aparecer.
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Konstandinos Kavafis, Os poemas
Relógio d'Água, 2005
21.3.18
mo.no.to.ni.a
etiquetas: palavras
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